quinta-feira, 23 de outubro de 2008

296 mil crianças e adolescentes trabalham no Ceará


MPT, UFC e Undime iniciam curso de capacitação contra o trabalho infantil com técnicos de educação.


“É melhor trabalhar do que pedir ou roubar”. Esse é um argumento comum entre os pais de baixa renda para justificar a exploração do trabalho infantil. Apesar das ações de fiscalização que vem sendo realizadas por diversas entidades, a falta de conscientização da população ainda é uma das maiores barreiras.

O resultado disso é que, atualmente, 4,8 milhões de crianças continuam tendo a mão-de-obra explorada no País, sendo 296 mil no Ceará, conforme a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada pelo IBGE, que traz dados de 2007.Para somar forças à luta para a erradicação do trabalho infantil, o Ministério Público do Trabalho iniciou, ontem, um curso de capacitação com foco centrado na educação, realizado no Hotel Amuarama. A iniciativa, que conta com a parceria da Universidade Federal do Ceará (UFC) e União dos Dirigentes Municipais de Educação do Ceará (Undime-CE), foi denominada Programa de Educação Contra a Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes (Peteca).Ainda na primeira fase, o objetivo da iniciativa é capacitar 92 coordenadores pedagógicos municipais (12 de Fortaleza e 80 de outros 55 municípios) sobre os direitos das crianças e adolescentes, com atenção especial ao não-trabalho.Serão 40 horas de aula, que prosseguem até sexta-feira próxima, discutindo temas como a importância de vivenciar a infância, aspectos históricos e culturais do trabalho infantil, as piores formas de trabalho, prejuízos para a saúde e educação, além dos princípios legais para a proteção da infância e adolescência.


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